Ministério da Mulher elabora documento sobre misoginia
O Ministério das Mulheres do Brasil elaborou, junto aos países-membros e associados do Mercosul, uma lista de dez recomendações de enfrentamento à violência política de gênero e à misoginia.
A compreensão da misoginia, enquanto manifestação do ódio às mulheres, que visa expulsá-las dos espaços de poder, foi incluída de forma estrutural nas recomendações, conforme apresentado e defendido pela delegação brasileira.
Neste sentido, a ministra Cida Gonçalves tem promovido debate sobre o tema por meio da Marcha contra a Misoginia, com realizações de audiências públicas em diversos estados.
A lista de recomendações foi aprovada por consenso ontem quarta-feira (17) pelas ministras das Mulheres de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com apoio dos países associados presentes Bolívia, Chile, Equador e Peru, durante a XXI Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher do Mercosul (RMAAM), em Buenos Aires, na Argentina.
O documento pontua que a misoginia e a violência de gênero contra todas as mulheres políticas, candidatas, administradoras eleitorais e na vida pública é um fenômeno preocupante em nível mundial e, em particular, na região e que a participação das mulheres na política e a misoginia e a violência de gênero na vida política são temas intimamente interligados.