Operação coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apreendeu mais de 52 mil quilos de amendoim impróprio para o consumo ou sem garantia de qualidade.

Foram fiscalizados os 29 maiores estabelecimentos processadores de amendoim localizados em São Paulo e Rio Grande do Sul, totalizando 458 toneladas do grão, que é matéria prima para doces como paçoca, pé-de-moleque, sorvete, bala, pasta de amendoim, bolo, além de ser consumido in natura.

Coordenada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, a operação levou o nome de Arachis, que é o gênero da planta de amendoim, que agrega cerca de 80 espécies descritas. Os fiscais encontraram lotes com nível de aflatoxina superior ao permitido pela legislação brasileira.

A substância está presente naturalmente nos amendoins, mas em quantidades acima do recomendando pode comprometer a saúde do consumidor. A medida é expressa em partes por bilhão, sendo aceitável no máximo 20 partes por bilhão de aflatoxinas totais.

Ao ser colhido das plantações, o amendoim passa pelos processos de secagem, descascamento, limpeza e a retirada da pele. As empresas que beneficiam o produto para a comercialização devem seguir um rigoroso sistema de garantia de qualidade para evitar que a toxina atinja níveis acima do permitido.

Pela abrangência, a Operação Arachis atingiu a maior parte do amendoim produzido e consumido no Brasil.