Prefeito que sugeriu castração de mulheres se desculpa, mas é expulso do partido
O prefeito de Barra do Piraí (RJ), Mario Esteves, foi expulso do Solidariedade em votação unânime da diretoria do partido no Rio de Janeiro. A legenda entendeu que o político, em discurso na última quinta-feira (14), reproduziu falas misóginas ao defender a castração de mulheres porque, segundo ele, há muitas crianças na cidade.
“O Solidariedade não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer tipo de preconceito (trecho da nota divulgada pelo Solidariedade)
O prefeito foi gravado enquanto entregava uma estrada. O material foi publicado nas redes sociais na sexta-feira (15). Esteves ainda defendeu uma lei que permitisse apenas dois filhos por mulher.
“O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara”, disse o prefeito.
Nas redes sociais, Esteves pediu desculpas pela fala e disse que as palavras, nem sempre, “refletem as verdadeiras intenções”.
Leia a nota do partido
A Direção Estadual do partido Solidariedade decidiu, por unanimidade, expulsar o prefeito de Barra do Piraí, Mário Esteves, por sua fala misógina, demonstrando total desrespeito às mulheres. O Solidariedade não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer tipo de preconceito. Deputado Aureo Ribeiro, Presidente Estadual do partido Solidariedade
Leia a nota do prefeito
Na era da comunicação instantânea, um simples mal-entendido pode desencadear um julgamento impiedoso. É crucial lembrar que as palavras nem sempre refletem as verdadeiras intenções. Nossa sociedade precisa de uma dose maior de empatia e uma pitada a menos de julgamento precipitado. É essencial reconhecer que a verdade nem sempre é clara nas mensagens digitais.
Pedir desculpas e perdoar devem ser práticas comuns em um mundo onde todos nós, em algum momento, cometemos erros de comunicação.
É hora de repensar como interagimos no mundo digital e nos lembrarmos de que a verdade muitas vezes reside nas entrelinhas. A compreensão mútua requer um coração aberto e empatia genuína.