Uso de máscaras ajuda a frear transmissão da varíola dos macacos, diz especialista

A escalada de casos de varíola dos macacos é esperada diante da alta da transmissão observada em outros países, como Estados Unidos e nações da Europa, segundo a professora do Departamento de Microbiologia da UFMG, Erna Geesien Kroon.

O Brasil já chegou à marca de 607 casos confirmados da doença, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde.

A maior parte deles está concentrada na região Sudeste. Somente em São Paulo, são 438 pessoas infectadas.

“Está claro que desde o mês passado temos uma disseminação do vírus no país”, afirmou a especialista.

Segundo ela, apesar do monkeypox não ser tão infeccioso como outros vírus, a exemplo do Sars-cov, “ele é disseminado pelo trato respiratório, principalmente no período sem as lesões de pele características tem risco de transmitir para outros.”

Erma Kroon destaca que, uma vez que as lesões se manifestem, cada uma delas “contém milhões de partículas de vírus.”

A interrupção do ciclo de transmissão, ela explica, passa “por medidas de higiene, isolamento de pacientes que estão com as lesões e pelo uso de máscaras especialmente por quem ainda não tem as manifestações clínicas, ou seja, as lesões.”

Na avaliação da especialista, a possibilidade de compra ou produção da vacina contra a varíola dos macacos deverá ser avaliada pelo Ministério da Saúde em algum momento.

*Com produção de Isabel Campos

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