Arteris Litoral Sul pode perder a concessão em SC

O Ministro dos Transportes, Renan Filho, esteve nesta quinta-feira, 18, em Palhoça, para a inauguração do primeiro Ponto de Parada e Descanso (PPD) de Santa Catarina. Aproveitando a viagem e como não poderia deixar de ser, o ministro foi questionado e não fez vistas grossas para a situação do Morro dos Cavalos, que há poucos dias causou um grande transtorno em todo o Estado após a queda de uma rocha que obstruiu totalmente o tráfego no local por quase três dias.

Chamou atenção uma das alternativas que o Ministro trouxe para o problema, que seria a substituição da concessionária responsável pelo trecho. Ou seja, se a Arteris Litoral Sul não consegue dar conta da manutenção da região, uma licitação poderia encontrar outra que o fizesse.

De acordo com Renan Filho, após serem identificadas as obras necessárias, o tempo de execução e custo, os dados seriam enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU) e, posteriormente, iriam a leilão na Bolsa de Valores. A empresa que apresentar a parceria mais vantajosa, levaria a concessão.

O ministro disse ainda que o Governo Federal pretende acelerar as obras do setor de transportes em Santa Catarina, tendo em vista os investimentos que foram feitos no último ano e que estão programados para este. De Palhoça, Renan Filho seguiu para Navegantes, onde inaugurou o viaduto que liga a BR-101 à BR-470 e que contou com um investimento de R$ 25 milhões. O projeto beneficia aproximadamente 100 mil motoristas que utilizam essas vias diariamente. Assim como o PPD, o viaduto faz parte dos esforços do Ministério dos Transportes para melhorar a infraestrutura rodoviária na região.

A infraestrutura catarinense também foi pauta de uma reunião nesta quinta-feira, 18, na Assembleia Legislativa. Durante a sessão plenária, o deputado Mário Motta (PSD), enfatizou que os casos de desmoronamento na região dos Morros dos Cavalos estão ligados à forma como a Arteris Litoral Sul geriu seus pontos de risco. Segundo ele, a empresa classificou o trecho onde ocorreram os deslizamentos como de risco zero, sem perigo para o tráfego, no relatório que enviou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Ele declarou que a classificação, que é feita anualmente, levou em conta apenas avaliações visuais, e que, em razão disso, denunciará a empresa.

Já está mais que óbvio que houve uma negligência por parte da concessionária. Então, o que mais precisa acontecer para que as reivindicações da população sejam atendidas?

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