Com mandado em Criciúma, operação do Gaeco mira advogados e detentos
Na manhã desta sexta-feira, dia 19, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em apoio a investigação conduzida pela 13ª Promotoria de Justiça de Joinville, deflagrou a operação “Sob Encomenda III”, que apura crimes previstos a Lei de Organizações Criminosas, especialmente praticados por advogados e por faccionados reclusos no sistema prisional catarinense e de outros estados da federação.
O objetivo da operação foi dar cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva em endereços de quatro investigados, ordens expedidas pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville. Deste total, uma investigada advogada possui endereço em Brasília/DF. Os demais investigados encontram-se reclusos no Sistema Prisional de Santa Catarina, dentre eles um advogado, distribuídos na Penitenciária de Florianópolis, no Presídio de Florianópolis e na Penitenciária Sul, em Criciúma.
Além dos integrantes do Gaeco de Santa Catarina, a operação contou com o apoio do Departamento de Polícia Penal de Santa Catarina e do Gaeco e do Centro de Inteligência do MPDFT para o cumprimento das ordens judiciais na capital federal. A operação é desdobramento da Operação “Sob Encomenda I”, levada a efeito em agosto de 2021, que visava estancar a prática da chamada “sintonia” entre advogados e faccionados internos do Sistema Prisional em prol de facção criminosa.
O Gaeco é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.
A investigação prossegue em sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas.