Outubro Rosa reforça diagnóstico precoce de câncer de mama

Os seios, símbolo da feminilidade, também podem ser o ponto de partida para uma das doenças que mais afetam mulheres no país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, (INCA mais de 73 mil pessoas recebem o diagnóstico de câncer de mama todos os anos no Brasil. A informação e o diagnóstico precoce são as principais armas para aumentar as chances de cura.
Por isso, neste Outubro Rosa, sociedades médicas, ONGs e o Governo Federal promovem ações de conscientização sobre a importância dos exames preventivos. Entre elas, uma campanha nacional com os personagens da Turma da Mônica, disponível no site juntossomosmaisfortes.org.br.
Já o Ministério da Saúde lançou uma série de ações para o mês, que incluem a diminuição da idade para a mamografia. Antes, o recomendado era a partir dos 50 anos, agora já pode ser feita aos 40 anos, como explica o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
“Prioridade absoluta para o chamado rastreamento populacional ativo, a organização, o planejamento, mas prioridade também absoluta para garantir o acesso às mulheres que, depois de discutido com seu profissional de saúde, ele orientando as vantagens e desvantagens, tenham o acesso a esse exame.”
A Fátima Cardoso, de 50 anos, sabe bem a importância do exame. Ela foi diagnosticada com câncer de mama em 2018, após perceber um nódulo e confirmar o diagnóstico na mamografia.
“Realmente, já era um diagnóstico de câncer de mama, três tipos de câncer na mesma mama. E foi um choque, né? Porque ninguém está preparado para receber esse diagnóstico.”
Em 2023, o câncer de mama causou a morte de mais de 20 mil mulheres e 234 homens aqui no Brasil. Mas, quando a doença é descoberta no início, as chances de cura ultrapassam 90%, como explica o mastologista André Matar.
“A ideia é incentivar a realização dos exames, né? Então, da mamografia, a gente já tem estudo mostrando que isso acontece, as pessoas quase que aumentam 30 a 40% a quantidade de pessoas que vão fazer mamografia. Mostrar que se a gente encontra mais cedo, as chances de cura superam aí 90%.”
Para ampliar o acesso ao diagnóstico, o Ministério da Saúde vai levar 27 carretas de Saúde da Mulher a 22 estados com consultas e exames. Outra iniciativa será a entrega de 60 kits de biópsia para aumentar a precisão dos diagnósticos. E pacientes do SUS passam a ter acesso a novos medicamentos, como o trastuzumabe entansina e os inibidores de ciclinas, que comprovadamente aumentam a sobrevida e a qualidade de vida das mulheres em tratamento.