PF vai abrir inquerito para apurar explosões na Praça dos Três Poderes

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que a Polícia Federal vai abrir inquérito para apurar suposto atentado na noite desta quarta-feira na Praça dos Três Poderes.

Segundo nota divulgada pelo Supremo Tribunal Federal, por volta das 19h30 desta quarta-feira, dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela. Uma pessoa morreu.

A nota diz ainda que o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, falou por telefone com o presidente Lula, com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e com a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Barroso também está em contato por mensagem com o governador Ibaneis Rocha, que está em viagem a Roma.

De acordo com o Ministério da Justiça, foram acionados ao local policiais do Comando de Operações Táticas, do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional no Distrito Federal, peritos e grupo anti-bombas.

Conhecido como Tiü França, Francisco é o dono do carro carregado de fogos de artifício que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira (13/11). Uma morte foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros. Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, que morreu ao provocar uma detonação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O carro envolvido na explosão, pertence a Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, de Rio do Sul (SC). A identidade do corpo encontrado próximo ao local da explosão ainda não foi confirmada, mas a família reconheceu o carro pelas imagens da televisão.

A reportagem entrou em contato com familiares de Tiu França, em Rio do Sul, que confirmaram que o filho dele recebeu uma ligação sobre um acidente sofrido pelo pai em Brasília.

Tiu França foi candidato pelo Partido Liberal (PL) ao cargo de vereador do município de Rio do Sul em 2020.

A Câmara dos Deputados suspendeu a sessão plenária em razão do incidente. A sessão era comandada pelo deputado Sóstenes Cavalcante, do PL do Rio de Janeiro, que chegou a manter os trabalhos, mas cedeu à pressão de deputados do PSOL.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que a Polícia Legislativa das duas casas está ajudando na apuração das circunstâncias do fato.

Pacheco também afirmou que a segurança nas duas casas está sendo reforçada e lamentou o ocorrido e a morte de uma pessoa. Além disso, Pacheco lembrou os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

A segurança foi reforçada no Palácio do Planalto, que fica no lado oposto ao STF, na Praça dos Três Poderes.

O presidente Lula não estava no Planalto no momento das explosões.

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