Polícia Federal combate tráfico de drogas em quatro estados, e mais; operação da PF desarticula organização criminosa em sete estados
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Flos para desarticular organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas pela fronteira entre Uruguai e o município de Jaguarão, no Rio Grande do Sul. A estimativa é que o grupo tenha movimentado – entre 2023 e 2025 – mais de R$ 28 milhões.
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, além de nove mandados de prisão preventiva. Em nota, a PF informou que a polícia uruguaia auxilia no cumprimento de três mandados de prisão no país vizinho.
Segundo a corporação, a investigação começou em 2023, após um flagrante na região de Jaguarão, onde um homem transportava em um veículo 15 quilos de skunk que teriam como destino final Porto Alegre.
Cruzamento genético
O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha. A droga é criada em laboratório por meio da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração maior de THC (tetra-hidro-canabidinol).
“Após diligências e levantamentos realizados, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal verificou que o grupo enviava skunk para diversas regiões do país, utilizando meios de modal rodoviário na empreitada criminosa. Mais de R$ 8 milhões foram bloqueados das contas do envolvidos e mais de R$ 700 mil em bens foram apreendidos”, informou a Polícia Federal.
Operação da PF desarticulou organização criminosa em sete estados
A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (2), a Operação Terra Fértil, para desarticular uma organização criminosa que atua no tráfico internacional de drogas.
A ação conta com cerca de 280 policiais federais, que cumprem nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão simultaneamente nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás. A estimativa da PF é de que o montante dos valores ilegalmente movimentados passe de R$ 5 bilhões em cinco anos.
Ainda segundo a Polícia Federal, nesta rede foram identificados um narcotraficante internacional já investigado em outras ocasiões e pessoas físicas e jurídicas associadas a ele. Há suspeitas do envio de cocaína para países das Américas do Sul e Central, incluindo remessas para cartéis mexicanos.
Durante as investigações, também foi constatada a criação de empresas de fachada, que adquiriam imóveis e veículos de luxo para terceiros e movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social. Os sócios geralmente não possuíam vínculos empregatícios e alguns chegaram a receber auxílio emergencial.
A PF também descobriu que algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.











